quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Converso muito com você. Mentalmente."

"Quero sumir daqui, fugir de tudo que até agora só me fez andar para trás, agradeço a algumas pessoas que me fizeram mudar de certa forma, queria começar tudo novamente, mas em outro lugar." Vamos falar de poesia sem rimas? É, na verdade nunca fui boa em rimar, mas sempre achei lindo repente, tipo cordel. Passei minha infância até os oito anos de idade, todo dia às 16h30min da tarde um senhorzinho sentava na calçada de uma pequena cidade de interior, não muito conhecida. E do outro lado da calçada estava uma menina despenteada e curiosa, em calçadas diferentes ele nunca reparou que ela também ouvia seus repentes de pôr-do-sol, aquela menina tinha tudo pra crescer e pensar e agir como todo mundo o que não foi bem o que aconteceu. A menina errou, amou, perdeu.. Suas opiniões sempre diferentes das outras pessoas, seu jeito de agir de se achar educada. Criada sem mimos ela brincou de boneca até os 14 anos, mas uma coisa que ela nunca esqueceu e nunca vai esquecer é a educação de princesa que uma família de classe média pode dar. Aquele mesmo senhorzinho, se ainda for vivo, nem imagina que a menina apaixonada por repente um dia iria mais além e se apaixonara por uma poesia oculta, onde o que vale são meras palavras bonitas e puro sentimentos, e como um dia ela mesma ouviu falar" uma vez magoada, três vezes mais fria". Onde não questionará, explicará e nem irá se entregar, pois nada na vida é certeza, só a morte e a morte não é vida. E na lembrança dela só restam rimas e poesias agora, rimas essas que ele sabe que fazem sentido e são lindas, mas tanto tempo, eles fizeram com que ela não se lembre de mais nenhuma, lembrando tão somente do som.

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